Eduardo Guimarães

terça-feira, julho 04, 2006

O Trajeto

Evaporem-se as perdas doentias sentidas pelo ser,
Estático, cujos demônios superam-no em decência,
Eis a maneira ardil, irrequieta e calada de viver!
Soem os trompetes! Avante à permanência!

Afofam os pés da mente outrora cruel e corajosa,
A lama dos jardins floridos, nauseante e pegajosa,
Cujo adubo, consolo do mal, do escárnio,
Os cães produzem com a podridão de suas vísceras!

Oh, ser agonizante de mãos atadas à própria cruz,
És mais lendário que uma brisa suave,
Dum deserto corruptor, filho da poeira que o produz.

Atina-se em sua jornada viril e pecaminosa,
Guarde, com anseio, a sua ação mais vibrante e honrosa,
A ação fugitiva dos sulcos assassínios d’alma!

1 Comments:

Blogger Janaína said...

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.




Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor."

5:20 PM, junho 11, 2007  

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